sábado, 19 de março de 2016

Konglor, já temos saudades


Konglor... Ohh Konglor!!! É com imensas saudades que recordamos este lugar maravilhoso, que tanta calma e paz nos transmitiu. Local ideal para se relaxar e apreciar a sua paisagem montanhosa, campos de tabaco, grutas e borboletas. Foi sem dúvida o lugar mais pitoresco que visitámos no Laos!


Não foi tarefa fácil lá chegar e demorou uma dia inteiro de viagem desde Vientiane. Partimos da capital logo cedo mas mesmo assim com uma hora de atraso (normalíssimo por estes lados) e supostamente teríamos que parar na cidade Nahin para depois no dia seguinte marcar com alguma agência de viagem um passeio à gruta Konglor. No entanto, sem nos darmos conta falhámos a aldeia de Nahin e só nos apercebemos disso quando chegámos à última paragem do autocarro. Não era Nahin mas sim uma aldeia chamada Konglor e até calhou bem porque situava-se a apenas 1 km da gruta e não era necessário marcar com nenhuma agência. Chegámos a Konglor já no final do dia e após vermos algumas guesthouses encontramos a Chantha House que foi dos melhores sítios onde ficámos até agora, confortável, limpo, pessoal muito simpático, belas vistas e super barata (6€ o quarto!). 


A aldeia situa-se num pequeno vale cheio de campos de tabaco e completamente cercado montanhas. Logo na primeira noite demos um pequeno passeio pela aldeia que tinha apenas uma dezena de casas sendo que a estrada principal era a única com iluminação. Mais uma vez, como foi sendo habito na nossa estadia no Laos, todas as pessoas que se cruzavam connosco saudavam-nos com um grande sorriso. Ficámos apaixonados por esse pequeno paraíso no meio do nada e decidimos ficar mais do que o previsto para relaxar. A aldeia era muito tranquila, as pessoas muito simpáticas, grandes paisagens à volta, meia dúzia de turistas, tudo muito genuíno e sem tuktuk ou night markets. Estávamos no paraíso e no verdadeiro Laos! 
   

Visitámos, claro, a gruta Konglor e ficámos completamente pasmados com a experiência. Sem dúvida umas das melhores experiências das nossas vidas. A visita consiste em alugar uma canoa que apenas dá para 2/3 pessoas para além do motorista e atravessar a montanha de um lado ao outro e depois voltar pelo mesmo caminho. A escuridão reina dentro da gruta e apenas consegue-se ver alguma coisa com a ajuda das lanternas. O passeio em si dura cerca de uma hora para ir com direito a uma paragem numa espécie de ilha no meio da gruta onde dá para ir a pé ver as estalactites e estalagmites que se formaram ao longo dos tempos. Havia partes que devido à pouca água no rio (estamos na época seca) tivemos que sair da canoa e ajudar o motorista carregar a canoa até ao sítio com mais água. Isto tudo no escuro e literalmente debaixo da montanha. A volta, já mais rápida, durou cerca de meia hora uma vez que não parámos na tal ilha. A experiência foi algo mais do que fenomenal, simplesmente amámos! O passeio, a gruta, a natureza, tudo à volta fascinou-nos. 





Decidimos fazer um trilho pela planície e perguntámos no nosso hotel onde encontrar um guia e quais eram os preços ao qual a resposta foi (ao contrário que que se pratica por cá) "podem fazer o trilho sozinhos, não precisam de guia, tirem apenas fotos ao mapa do trilho". Adoramos este povo! Assim fizemos e foi muito agradável. Passeámos no meio das montanhas, pelos campos de arroz, no meio dos búfalos asiáticos e das vacas, atravessámos o rio a pé porque não havia ponte e era o que os locais faziam, vimos locais nos seus afazeres do dia a dia e famílias a tomar banho no rio. 



Foi um passeio muito interessante sem dúvida, o que não foi difícil visto que já estávamos apaixonados por esta aldeia! Dito isto, podemos afirmar sem dúvida que nos rendemos-nos a Konglor e que este conquistou o primeiro lugar da nossa viagem no Laos! 

Esperemos voltar lá um dia...


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